Nesse jogo em que se baseia o interesse pelo poder, algumas movimentações devem surpreender. Nos bastidores políticos, consta que além da fatia expressiva do espólio do carlismo, podem se juntar ao governo partidos como PSC, PSDB e PR. Integrantes do PTdo B também já demonstraram simpatia pelo projeto petista. Já o PP e o PDT - partidos da base aliada - abrigariam democratas insatisfeitos.
Apesar das articulações de bastidores, a debandada deve ser confirmada somente após a posse do governador no dia 1º de janeiro. A maioria ainda não assume que deve abraçar a gestão do PT, mas os rumores são fortes com justificativas de que ingresso no governo seria parte de uma estratégia de sobrevivência.
Um desses casos seria o do PSDB, que, apesar de ter lutado pela eleição do ex-candidato José Serra à Presidência da República, teria em sua base membros ligados ao governador Jaques Wagner. Uma das influências diretas nessa questão seria o apoio dado pelo presidente do PDT, Marcelo Nilo, forte aliado do governo na eleição de colegas tucanos. Diante do fato, o ingresso no governo não seria uma opção descartada por alguns partidários do PSDB.
A sigla tem dois federais eleitos: Jutahy Magalhães e Antonio Imbassahy. Além disso, ganhou dois novos na Assembleia: Augusto Castro e Adolfo Viana. Segundo conversas de bastidores, os novos tucanos do Legislativo estadual não deverão fazer oposição forte ao governo. Deputado de primeiro mandato, Viana pode ser influenciado pela posição de seu pai, o conselheiro do Tribunal de Contas, Antonio Honorato. O ex-carlista já teria ligações com o governo petista.
Durante o pleito do último domingo, o governador adiantou que pode conversar com outros partidos. Ele também afirmou que estaria à vontade para trabalhar, num possível governo da presidenciável Dilma Roussef (PT), na reaproximação entre PT e PSDB no plano nacional, indicando a ausência de obstáculos em uma possível recomposição com os tucanos também na Bahia.
No entanto, o presidente estadual do PSDB, Antonio Imbassahy, descartou a hipótese: “Nunca ouvi conversas dentro do partido caminhando nessa direção. Nossa posição é muito clara de permanecermos na oposição ao governo do PT”, disse.
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