segunda-feira, 4 de junho de 2012

Comissões realizam audiência pública conjunta para discutir Medida Provisória que modifica remuneração de milhares de servidores públicos

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) solicitou a realização dessa audiência pública para discutir a MP 568/2012, devido ao fato da matéria não ter sido “objeto de negociação ou sequer de debate em nenhum momento”.

Acontece amanhã, terça-feira (05/06), no auditório Nereu Ramos, às 15h, na Câmara dos Deputados, audiência pública conjunta entre as comissões de Seguridade Social e Família (CSSF), de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e de Direitos Humanos e Minoria (CDHM) para discutir Medida Provisória 568/2012 que modifica remuneração de milhares de servidores públicos.
 A deputada Alice Portugal solicitou a audiência para debater as alterações propostas na Medida Provisória 568/2012, devido ao fato da matéria não ter sido “objeto de negociação ou sequer de debate em nenhum momento” em algumas entidades representativas dos trabalhadores no serviço público, como por exemplo, com a FASUBRA, que teve recusada todas as agendas de negociação.
 A Medida Provisória 568/2012 apresenta melhorias para algumas categorias, mas também inclui prejuízos para os trabalhadores, em especial, os da área médica. Para deputada um dos artigos mais polêmicos da MP se refere às mudanças nos direitos conquistados pelos médicos que trabalham na administração pública federal direta, nas autarquias e nas fundações públicas.  A jornada desses profissionais era de 20 horas semanais, conforme Lei 9436/97. A medida provisória revoga tais dispositivos da lei e estabelece a adoção de uma jornada de 40 horas, mantendo os valores da jornada de 20 horas. A Alice já ingressou com uma emenda supressiva, retirando esse artigo. Prevalecendo o texto da MP, os médicos servidores federais terão seus salários reduzidos em 50%.
 A deputada afirma que essa “redução é inconstitucional”. Para ela, a Medida Provisória, além de uma afronta às conquistas da categoria, trará graves prejuízos aos Hospitais Universitários e à saúde pública, “pois irá afetar um contingente de milhares profissionais”.
 Para Alice “tal medida terá por consequência o aprofundamento da crise na saúde e a inviabilização do funcionamento dos hospitais universitários e de ensino vinculados às Instituições Federais de Ensino Superior”.
 Foram convidados para o debate o médico Roberto Luiz D'Avila, Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM); AntÃ?nio José Francisco Pereira dos Santos, Secretário de Assuntos Jurídicos da Federação Nacional dos Médicos (FENAM); Geilson Gomes de Oliveira, Presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP); Ruth Brilhante, Presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (CONACS); Florentino Cardoso, Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB); Sandro Alex de Oliveira Cezar, Secretário de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social –CNTSS e outros representantes de entidades e instituições interessadas na discussão.

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