O problema, afirmam os caciques do Partido da República (PR), não é pessoalmente com Passos, mas pelo fato de Dilma não ter consultado o partido para a escolha.
O deputado federal baiano pelo PR Maurício Trindade não esconde a insatisfação e garante que o partido como um todo está indignado com a presidente Dilma. “É grande o risco de o PR deixar a base do governo. A insatisfação é grande”, afirmou. O parlamentar esclareceu que, com relação à escolha de Sérgio Passos, “assim como toda a bancada”, seu questionamento não é pessoal.
Trindade também não pediu segredo para dizer que, particularmente, o nome que ele indicaria seria o do ex-senador César Borges.
O republicano avalia que o fato de César já ter sido, além de senador nos oito anos do governo do ex-presidente Lula, governador da Bahia e de ser engenheiro “com muita competência técnica”. Conhecimento técnico, aliás, é um dos méritos de Sérgio Passos reconhecidos por Dilma.
O deputado Lincoln Portela (MG), líder do PR, e Luciano Castro (RR), vice-líder do governo, sempre estão presentes aos almoços, mas ontem não apareceram. Eles eram aguardados para manifestar aos colegas qual era o sentimento do partido diante da atitude de Dilma.
“O tempo todo deixei bem claro que a escolha é da presidente da República. De fato eu preferia um deputado [para o Ministério dos Transportes], afinal de contas sou líder dos deputados, depois um senador e depois o Passos. Mas não tenho problema com essa escolha.
Apenas acho que pelo fato de o partido ter sido informado de que poderia fazer a indicação para o Ministério, achamos que pelo menos tínhamos que ter sido informados e isso não aconteceu”, disse Lincoln.
do Tribuna da Bahia on line
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