quarta-feira, 13 de julho de 2011
GDF apresenta projeto de IPVA Zero para atrair compradores de carro novo
O projeto que livra o comprador de pagar o IPVA do automóvel durante o primeiro ano de emplacamento foi apresentado na tarde desta terça-feira (12/7) pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O IPVA Zero funciona como um incentivo para aumentar as compras de carros zero no setor local. O projeto será encaminhado à Câmara Legislativa do DF e, se aprovado, valerá como lei a partir de janeiro de 2012.
Segundo a assessoria do Governo do Distrito Federal, a ideia não é aumentar o a quantidade de veículos que circulam no DF, mas garantir que o ICMS e IPVA façam parte da arrecadação local no lugar de serem pagos em outros estados, como vem acontecendo. A assessoria ainda diz que, segundo análise feita pelo sindicato do setor, 7% dos carros utilizados dentro da cidade foram emplacados fora.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF), Alessandro Soldi, a expectativa é que o seguimento do DF passe a ser mais competitivo. “Temos trabalhado muito tempo junto ao GDF para alcançar uma paridade com os estados vizinhos como o Goiás, que já tem esse emplacamento há mais de 10 anos”, contou.
O setor reclamava a queda nas vendas em detrimento da média nacional. Segundo o diretor do sindicato, os moradores de Brasília iam para outros estados, que já ofereciam a isenção, a fim de fazer um negócio melhor. “As pessoas deixam de comprar aqui pra comprar fora. Só em 2010 houve uma perda de 30% do mercado na capital, em cima de um carro de veículos acima de R$ 65 mil, enquanto o Brasil crescia cerca de 25%”, analisou.
A queda nas vendas de automóveis nos últimos quatro anos é a principal razão para terem concebido o projeto. O diretor disse que, mesmo tendo alto poder aquisitivo, Brasília crescia menos que a média do mercado nacional. “Por exemplo, a perda do emplacamento de um carro de R$ 125 mil, somados ICMS e IPVA representa um montante de R$ 20 mil reais durante quatro anos”, explicou.
Correio Braziliense
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