Mas, descobre-se agora, ao contrário do que afirmou-se desde o início, a morte de José de Jesus Santos não foi em uma emboscada, nem tampouco obra dos fazendeiros, que já eram apontados como principais suspeitos. O pataxó foi morto por um tiro acidental, disparado por seu próprio irmão, Jorge Silva.
O irmão chegou a dar entrevista contando a versão de que a "emboscada" ocorrera na volta da reserva, na área de retomada, para onde José Silva teria ido levar alimentação para o pessoal que lá estava. Pela primeira versão, quando chegava em Pau Brasil, foi parado por dois motoqueiros que abriram fogo e depois fugiram.
A versão não durou um depoimento oficial. À polícia federal, na última sexta-feira, Jorge contou a verdade, e disse que o tiro foi acidental. Por isso, será indiciado por homicídio culposo - quando há culpa, mas não intenção de matar - e deve responder ao processo em liberdade.
A arma do crime já está na perícia. Importante frisar, também, que até pela trajetória da bala a versão de emboscada não se sustentaria. Resta saber se esse caso teria o desfecho que teve se houvesse uma versão mais verossímel à disposição dos parentes e lideranças.
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