domingo, 14 de novembro de 2010

Câmara Municipal de Itabuna será investigada pela PF

A Polícia Federal foi acionada pela Caixa Econômica para apurar um esquema fraudulento de tomada de empréstimos consignados na Câmara de Vereadores de Itabuna. O rombo na rede bancária é estimado em mais de R$ 1,5 milhão.

A maior parte dos empréstimos era tomada por vereadores utilizando nomes de assessores que logo depois eram retirados da folha de pagamento, mas não eram exonerados.

Situação mais complicada é a do presidente da Casa, Clovis Loiola (PPS). Assessores lotados em seu gabinete eram obrigados a tomar empréstimos consignados e a repassar, pelo menos, 60% do dinheiro ao presidente, conforme revelou seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Freire.

A estratégia renderia a Loiola em torno de R$ 200 mil. Segundo denuncia Freire, oito “assessores” foram utilizados por Loiola no esquema. Dos envolvidos, ninguém faz mais parte do gabinete do presidente da Câmara de Itabuna.

Loiola tem se agarrado ao prefeito Azevedo para não ter a cabeça “degolada” ao final das investigações de esquema de corrupção milionário no legislativo municipal.

A Caixa Econômica, via superintendência regional, sinalizou que não irá amaciar para o Legislativo e cobrará toda a dívida. Mesmo caminho seguirão Banco do Brasil e Bradesco.

Parte do esquema assemelha-se ao desfalque de R$ 1,5 milhões que funcionários da Ceplac “ensaiaram” há dois anos contra a Caixa. A diferença é que no caso ceplaqueano os devedores venderam bens para saldar a dívida com o banco e encerrar inquérito na PF. 74 servidores federais foram indiciados.

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